Sexto satélite feito em parceria entre Brasil e China, Cbers-4A completa 5 anos em órbita
20/12/2024
O equipamento construído pelo Inpe, em São José dos Campos (SP), em parceria entre Brasil e China, foi lançado no espaço na madrugada do dia 20 de dezembro de 2019. Cbers-4A é o sexto satélite feito em parceria entre Brasil e China
Divulgação/ Inpe
O satélite Cbers-4A, o sexto projeto feito em parceria entre o Brasil e a China, completou cinco anos em órbita nesta sexta-feira (20). O equipamento foi produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), e fornece imagens para programas de monitoramento ambiental.
No dia 20 de dezembro de 2019, o equipamento foi lançado pelo foguete longa marcha 4B, a partir da base de lançamento em Taiyuan, na China.
Inicialmente previsto para 0h20, o lançamento foi adiado em dois minutos e o sucesso da operação foi confirmado à 0h37, quando o aparelho entrou em órbita e iniciou o processo de abertura do painel solar.
Importante para o país, o lançamento foi acompanhado por técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) via conexão telefônica. A transmissão foi acompanhada também por uma plateia de convidados e autoridades, que madrugaram para participar do evento.
Entre as funções do equipamento produzido no Inpe está um importante serviço: fornecer imagens para programas de monitoramento ambiental. O satélite assegura o monitoramento do território brasileiro, com aplicações em alerta e desmatamento, monitoramento da vegetação e agricultura e estudos de hidrologia e meio ambiente.
Brasil e China são parceiros no setor espacial há mais de 35 anos e já têm acordo para produção de mais dois satélites em conjunto. O Cbers-6 está previsto para ser colocado em órbita em 2028 e vai custar R$ 250 milhões para o Brasil.
Já o Cbers-5 deve ser lançado ao espaço em 2030 e promete um avanço no serviço de meteorologia, com capacidade para monitorar eventos climáticos extremos, como as chuvas no Rio Grande do Sul neste ano e os temporais que atingiram São Sebastião em 2023. O custo estimado para o Brasil é de R$ 5 bilhões.
Sexto satélite feito em parceria entre Brasil e China, Cbers-4A é lançado ao espaço
O satélite Cbers-4A
A construção do equipamento começou em 2015 e custou cerca de R$ 190 milhões - metade do valor foi custeado pelo Brasil. Duzentos cientistas trabalharam no projeto.
O Cbers-4A é o substituto do Cbers-4, que estava no limite da vida útil. O equipamento tem como foco a Amazônia.
Segundo o Inpe, o satélite foi programado para dar 14 voltas por dia em torno da Terra. O foco é o mapeamento de queimadas e o fornecimento de dados à agricultura.
Ainda no Brasil, a revisão foi feita por especialistas do Inpe com cientistas da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial - foram reunidos quase 60 profissionais nesta etapa.
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