Artesãos transformam papel em esculturas e faturam até R$ 150 por peça de arte no interior de SP
29/12/2024
O Papercraft, um estilo de arte semelhante ao origami, se tornou fonte de renda para moradores da região. Vendedores transformam papel em arte e faturam até R$150 por esculturas no Vale
Reprodução / @brutuspaper e @barbaraperesfestaempapel
Entre dobraduras e cortes, o papercraft ou Pepakura, é um método de construção de esculturas em papel, semelhante ao origami. O estilo de arte tem suas construções feitas com vários pedaços de papel, que são cortados e colados uns aos outros.
A arte em papel, além de um lazer, se tornou também uma fonte de renda para moradores do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. Com as esculturas, é possível faturar até R$ 150.
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Elias Borges, de 58 anos, morador de São José dos Campos, é um funcionário público aposentado que, assim que parou de trabalhar, começou a fazer artesanato em madeira de sustentabilidade, transformando pallets em produtos de decoração.
Mas, durante a pandemia, encontrar pallets ficou complicado e ele passou a procurar outro tipo de atividade que não envolvesse madeira - assim descobriu o Papercraft.
Vendedores transformam papel em arte e faturam até R$ 150 por esculturas no Vale
Elias Borges da Silva / Reprodução @brutuspaper
Ele conheceu o papercraft em uma papelaria da cidade, em uma aula demonstrativa e, no final, uma professora ofereceu o curso para ele, que já buscava um hobby, e assim Elias começou a praticar.
“A ideia não era vender e sim me distrair”, contou.
O papercraft acabou se tornando mais do que uma distração e virou uma renda extra, além de proporcionar a Elias que seus trabalhos sejam expostos em lojas e eventos geek, dando mais visibilidade às peças que produz.
“Começaram a aparecer pedidos e convites para expor em eventos geek/animes e aceitei. Apesar de ter se tornado uma renda extra, ainda continua sendo para mim um hobby e fico muito feliz como as pessoas têm aceitado meu trabalho, que fica na maioria do tempo em lojas colaborativas. Apesar de ainda tratar como hobby, ou até mesmo se tornar uma renda extra, sei que fiz uma excelente escolha, pois é um remédio para mente", disse.
Vendedores transformam papel em arte, e faturam até R$150 por esculturas no Vale
Elias Borges da Silva / Reprodução @brutuspaper
Bárbara Peres, advogada e empreendedora de 39 anos, mora em Jacareí. Ela trabalha com papelaria e sempre demonstrou interesse em itens de papel em 3D. Conforme pesquisava, encontrou o pepakura.
A artesã passou a pesquisar e virou professora do tema. Ao todo, ela já ensinou mais de 100 alunos desde então.
Com as esculturas em papel, ela saiu do antigo emprego e passou a viver apenas da papelaria, chegando a fazer trabalhos para grandes empresas, incluindo do ramo de joias e redes de perfumes internacionais.
Vendedores transformam papel em arte e faturam até R$150 por esculturas no Vale
Bárbara Peres / @barbaraperesfestaempapel
Bárbara conseguiu fazer com que materiais baratos pudessem virar uma fonte de renda alta, mudando por completo sua vida.
“A matéria-prima é basicamente papel e cola, que são materiais baratos. O mais caro dessa técnica é a mão de obra. O preço de custo com materiais de uma peça sai em torno de 10 reais e é facilmente vendida por 80 a 150 reais”, contou.
As peças mais vendidas pela empresária são os itens de festas infantis e temas lúdicos, além de itens de Natal, como guirlandas de papel, papai noel e enfeites.
Vendedores transformam papel em arte, e faturam até R$150 por esculturas no Vale
Bárbara Peres / @barbaraperesfestaempapel
Vendedores transformam papel em arte, e faturam até R$150 por esculturas no Vale
Bárbara Peres / @barbaraperesfestaempapel
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